Finalmente, isso que está me deixando chateada...
Quem acompanha o blog ou me conhece, sabe que gosto de tudo nos míííínimos detalhes...
Vamos lá!
Quando minha filha tinha 30 dias, na consulta de rotina ao então pediatra (Dr. Lauro Dondonis), foi detectado um pequeno soprinho no coração dela. Só que, chegando essa frase aos ouvidos de uma mulher puerpera, em pleno baby blues, ainda mais fazendo referência ao seu bebê recém-nascido, a palavra "pequeno" é totalmente inaudível...
Fizemos uma ecocardio e foi constatado um pequeno defeito no septo do coraçãozinho dela. Segundo o pediatra, algo normal, que dispensava maiores cuidados e acompanhamento, pois a tendência desses problemas é se resolver sozinho.
Por volta dos 5 meses (e já imensamente insatisfeita com o pediatra), pedi nova requisição de exame (que me foi dada sob protesto e alegando ser desnecessário), e refiz a ecocardio quando ela tinha por volta de 6 meses.
O problema persistia e do mesmo tamanho: 1mm.
Óbvio que sei que 1mm é algo mínimo! Mas imaginem isso no coração de um recém-nascido!!
Além disso, imaginem o coração de uma mãe ao saber que o coração do seu bebê tem um defeito, por menor que seja!!!!
Levei ao atual pediatra que me disse que jamais deixaríamos de acompanhar enquanto o laudo do exame não fosse normal.
Com pouco mais de um ano fizemos nova ecocardio e a melhor notícia que poderíamos receber veio na conclusão do laudo do exame: estudo ecográfico com mapeamento a cores NORMAL!!
Era tudo que eu desejei ler desde aquele fatídico dia no consultório onde descobrimos o problema!!!
Caso encerrado (ao menos na minha cabeça).
Em uma das consultas semanais que a AC teve durante o mês de outubro...
Se eu disse semanais? Sim, isso mesmo! Durante o mês de outubro AC não me deu sossego por uma semana sequer! Tivemos febre altíssima, tosse, amigdalite, diarréia, crise de rinite, mordida de cachorro, 4 consultas ao pediatra, várias ligações, inúmeras conversas pelo orkut e alguns exames de sangue...
Onde eu estava mesmo?
Ah, pois bem...
Em uma das consultas semanais que a AC teve durante o mês de outubro, o pediatra me pediu para refazermos a ecocardio, apenas para controle. Afinal, o problema já estava solucionado.
Eu, como boa mãe neurótica que sou, apenas esperei melhorar a zica da semana (que era tosse) e marquei o tal exame. Fui absolutamente tranquila fazer!
Durante o exame, imaginei que meus olhos estivessem me pregando uma peça! Pude ver, nitidamente, um buraquinho no monitor. E eis que nesse momento a médica puxou o tapete debaixo dos meus pés: "É mãezinha, ela tem um defeitinho no septo..."
Levei um susto imenso! Ela tem exame anterior mostrando que estava tudo resolvido!!!
Mas não! O defeito está ali, bem claro, e o tamanho bem diferente dos exames anteriores: 3,6mm
Não sei nem como consegui vir dirigindo pra casa. Cheguei no trabalho, chorei bastante e quando recobrei um pingo de minhas forças entrei em contato com o pediatra via orkut mesmo, que me pediu pra levar os exames pra ele comparar.
E assim fiz...
No outro dia, fomos novamente ao consultório, ele comparou os exames, examinou a AC e nos encaminhou a um cardiologista pediátrico no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.
Me tranquilizou de todas as maneiras que pode, dizendo que, no exame clínico, o sopro é mínimo! Que ela não tem
hipertensão pulmonar (que é um dos riscos da CIA), e que, caso precise de cirurgia, a mesma é extremamente simples.
Conversei com o Dr. Marícilio, que é cardiologista, e ele também me disse que pelo tamanho possivelmente vá fechar sozinho e que a cirurgia, se for necessária, é simples.
Conversando com dois profissionais, acabei ficando um pouco mais calma, mas totalmente só vou ficar após a consulta com o cardio indicado pelo Dr. Pedro.
A consulta é segunda, e já estou com a nítida sensação que meu estômago está dobrado dentro de um envelope...
Quero muito poder voltar aqui na segunda a noite trazendo boas noticias.
Sei que o problema não é grave pois detectamos no início e poderá ser facilmente resolvido caso isso não ocorra naturalmente. Mas cogitar a possibilidade de minha filha se submeter a uma cirurgia cardíaca, por mais simples que possa ser, me tira o ar.
Com certeza quem é mãe está entendendo exatamente o que quero dizer...