domingo, 18 de março de 2018

O Impacto do Meteoro

Me deparo com meu velho blog, aqui, sozinho e vazio.
Lastimo por todos os pensamentos que me ocorreram que deixei de registrar ao longos desses 3 anos.

Muita coisa mudou. Muita coisa sempre muda.
Nem sempre percebemos as sutilezas das mensagens que nos são enviadas pelo Universo.

Esperamos sempre o impacto. O que nos tira do eixo é justamente o estrondo. O barulho, o tremor, o caos, o sangue escorrendo das mãos... escorrendo dos olhos...

Acredito que não existam limites para o sangramento da alma. Não existe formas de entendermos completamente a dor de ninguém. Não há empatia suficiente em todo o planeta que nos consiga fazer compreender o que o outro sente sem termos vivido exatamente as suas vivências embasadas nas suas crenças e na sua forma de perceber o mundo.

Nesses últimos 3 anos pude dizer que fui do céu ao inferno inúmeras vezes. Não sei dizer quantas vezes me deparei com impactos que me fizeram perder o chão.

Minhas vísceras já não devem mais estar em mim... devo tê-las perdido em algumas dessas batalhas.
Dessas batalhas vieram momentos lindos, sorrisos inesquecíveis, pessoas fantásticas, lugares (dentro e fora de mim, agora ou em momento distante) que nunca imaginei que conheceria.

Mas o meteoro vem... de uma forma ou de outra ele sempre vem. E destrói muitas vezes o que construímos com muito suor.
Só que a resiliência... aaahhhh a tal resiliência... essa nos faz levantar a cada manhã e seguir em frente na reconstrução da nossa vida e dos nossos sonhos. Muitas vezes sem nem saber de onde vem a força, a gente levanta e simplesmente vai.

Tem partes que a gente consegue reconstruir e deixar tão perfeito que já nem parece ter sofrido algum abalo. Tem outras partes que remendamos da melhor forma que podemos, deixamos funcional mas sabemos que já não é a mesma coisa que outrora foi. Mas tem partes que dilaceram e essas não conseguimos reconstruir.
Tem pedaços nossos que morrem nesse caminho. Levam parte da nossa alma, levam parte dos nossos sonhos, levam parte da nossa felicidade. Esses pedaços não adianta, vão continuar sangrando
por muito tempo e quando machucar demais, vai escorrer pelos olhos (assim como acontece agora enquanto escrevo).

De tudo que vivemos e ainda viveremos, a única certeza que sei é que ainda vamos ter muitos impactos, que ainda vamos desmoronar e nos reconstruirmos muitas vezes e precisaremos aprender com cada uma dessas experiências para nos tornarmos pessoas cada vez melhores.

As escolhas que fizemos ao longo da vida e as consequências que delas vieram, juntamente com as cicatrizes que a vida eventualmente nos dá, irão conosco pra onde formos.


Que saibamos fazer um bom uso disso tudo. Que saibamos que há hora de chorar e que há hora de sorrir. Mas principalmente, que nada nos tire do rosto o sorriso ao lembrarmos dos momentos lindos que passamos ao lado de quem amamos...