terça-feira, 15 de junho de 2010

LOST

CUIDADO: ESSA POSTAGEM POSSUI SPOILERS!!!

Assisti a todas as temporadas de Lost.

No início, todo o mistério que envolvia a série me fascinava.

Não sei ao certo quando deixei de curtir Lost... acredito que foi em algum momento entre a 4ª e 5ª temporada.

Não consegui viajar o suficiente e acompanhar a hisória, mas mesmo assim continuei assistindo! No final da 5ª temporada confesso que já estava assistindo "na marra" pra não ficar de fora das rodinhas de conversa.

Quando iniciou a última temporada, decidi que assistiria mesmo sem vontade. Poxa, passei 5 anos da minha vida assistindo Lost e não deixaria de assistir aos episódios que explicariam todos os mistérios que me envolveram por tanto tempo.

E, pra minha surpresa, ao terminar o último episódio, fiquei olhando por alguns segundos pra tela do meu notebook, pasma! Ficaram muitas perguntas pendentes...

Talvez eu experimente algum tipo de droga, algum entorpecente/alucinógeno e assista novamente a última temporada.

É preciso um alto grau de abstração da realidade pra conseguir compreender o sentido de tudo que os escritores tentaram demonstrar ali (se é que eles mesmos sabem o que eles realmente tentaram dizer com tudo aquilo...).

O último episódio de Lost foi uma mistura de misticismo, religiosidade, fé e psicologia. Ou simplesmente uma viagem sem explicação.

Tentam demonstrar que precisamos crer em algo sem questionar o que essa força realmente está nos imputando (a luz do centro da ilha). Deixa claro que nem sempre essa tarefa é fácil e que podemos encontrar obstáculos e pessoas dispostas a atrapalhar nossos planos (a fumaça negra).

Que todos que estavam perdidos precisam passar por provações (purgatório?) até alcançarem o crescimento espiritual e a libertação.

A grande sacada que sou obrigada a reconhecer, é o nome do seriado.

Inicialmente, LOST foi associado ao fato de sobreviventes de um trágico acidente aéreo se encontrarem completamente perdidos em uma ilha deserta no meio do pacífico.

Fazendo uma análise mais profunda dos principais personagens, verificamos que, as pessoas não estão perdidas por estarem em uma ilha, e sim, estão perdidas dentro de sua própria vida.

Vou utilizar aqui a linha de raciocínio de uma amiga, pra ilustrar um pouquinho mais:

- Kate: pra defender a mãe de um canalha, acaba colocando fogo na casa e matando o cafajeste. Passa a ser fugitiva da justiça até que é capturada. Se sente completamente perdida e sozinha, pois nem a mãe fica ao lado dela. Adota o filho da Claire e se realiza como mãe.

- Sawyer: a mãe se envolve com um golpista quando ele era criança; o pai descobre, mata a mãe e se suicida na frente dele. Ele acaba assumindo o nome do golpista e dedica sua vida a caçar o homem que destruiu sua vida. Nessa caçada, mata o homem errado. Um lindo perdido... que futuramente encontra a redenção ao se envolver amorosamente com Juliet.

- Jack Shepard: um excelente médico que tinha um relacionamento complicado com o pai, se sentia inseguro em frente a ele. Era uma pessoa solitária, triste e perdida. É eleito líder pelo grupo e se sente responsável por eles.

- John Locke: recalcado devido ao acidente com o pai, que o jogou pela janela, e o deixou paraplégico. Se sentia perdido, e na ilha volta a andar e se torna líder.

- Claire: grávida, pretende dar o bebê para adoção, mesmo ficando com o coração dividido. Insegura do que pretende fazer, se sente perdida... Devido as circuntâncias, acaba demonstrando-se uma mãe zelosa durante o tempo que ficou com Aaron.

- Hugo Reyes: Se sente uma pessoa muito azarada, e acredita que ter ganhado na loteria é a causa de tudo isso. Vive em uma família histérica que só pensa no dinheiro dele. Se sente sozinho, perdido e compensa isso comendo. Uma

- Charlie: um roqueiro drogado... completamente perdido. Se apaixona por Claire e assume o bebê dela. Se recupera do vício ao se entregar a esse amor.

- Sun e Jin: o pai da Sun era contra o casamento, mas mesmo assim eles ficam juntos. Jin é um cara autoritário, não aceitando opiniões da mulher. Ela se envolve com outro homem e aprende a falar inglês sem que o marido desconfie. Se amavam muito mas não sabiam conviver e tinham um casamento infeliz, perdidos. As dificudades vividas na ilha fazem com que eles aprendam a expressar esse amor.

- Michael e Walt: pai e filho que não se conheciam, são obrigados a conviver. Ficam completamente perdidos na ilha, pois são estranhos um para o outro, mas com o tempo estreitam os laços.

- Sayid: um torturador do exército iraquiano, que vive em meio aos fantasmas daqueles a quem fez sofrer. Se apaixonou por uma das mulheres que deveria torturar (Nádia), que veio a morrer e o deixou completamente transtornado, perdido... Se apaixona novamente na ilha e passa a fazer de tudo para proteger seus amigos.

- Ben Linus: cresceu na ilha, na iniciativa Dharma. Sempre foi muito inteligente e nunca demonstrou ter sentimentos. Mata o pai que sempre o ignorou e o culpou pela morte de sua mãe. Vê sua filha ser morta a sangue frio e isso faz com que ele voltasse a ter sentimentos. Fica perdido, quer vingar a morte da filha e sair da ilha.

De qualquer maneira, insisto que o final de Lost não foi satisfatório pra mim! Deixaram muita coisa pra imaginação...

O que era, enfim, a Iniciativa Dharma? Quem era Charles Widmore e o que ele queria afinal? Se Jacob tinha poder sobre o tempo (lembrem que ele deu a "vida eterna" ao Richard), pq ele não ficou cuidando da ilha eternamente? O que eles tentaram expressar, exatamente, com aquela Fumacinha Preta?

E a pergunta que não quer calar: QUE PORRA SÃO AQUELES NÚMEROS??????? HEIN?????

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