terça-feira, 15 de outubro de 2013

As Margens da Vida

Eis amigos o meu maior problema!

Não aprendi, até hoje, como viver as margens da vida.

Mergulho de cabeça em qualquer relacionamento ou empreitada que eu julgue válido de acordo com minhas razões, mesmo sabendo do risco de me afogar.
Ou mergulho de cabeça no rio da vida ou não ouso sequer molhar o dedo do pé.
Sou intensa. Sou inquieta. Sou instável.
Pessoas assim sofrem mais. Correm o risco de abrir feridas maiores na alma.
Mas do que mais é feita a vida do que um eterno momento para serem feitos remendos?
Nenhuma barreira pode deter quem tem determinação. O único inibidor das atitudes é o próprio interesse, a própria vontade.
Sou tenaz. Sou incansável. Sou teimosa. Sou turrona.
Me sinto diariamente como se tivesse travado uma batalha. 
Mas vocês querem saber da verdade? Prometem jamais contar a ninguém?
Não quero viver de outra forma. Na verdade não sei se sei viver de outra forma....
Quero continuar buscando alguém pra quem eu possa fazer tudo que nunca por mim fizeram.
Quero continuar procurando aconchego nos lugares errados, quebrando a cara, morrendo de amor ou chorando de rir...
Extrair o sumo da vida. Até a última gota.
O que me desafia na verdade me fascina. Talvez seja um estilo de viver um pouco suicida... Minha alma não sabe ter sossego... não gosta de mar manso....
Preciso de tormenta, de gente falando alto, de música, de inquietude, de gente que desperta meus instintos, que me faz pensar...
E assim vou levando a minha vida... nadando desesperadamente pra longe das margens seguras e mergulhando sempre de cabeça naquilo que pode me despertar um sorriso sequer...