Existem tantas maneiras de viajar, tantos lugares pra serem descobertos.
Sejam eles dentro ou fora de nós.
O mundo é imenso, mas acredito que a imensidão dentro de nós mesmos seja ainda maior...
Comecei a me dar conta da maneira que tenho conduzido minhas viagens. Todas elas.
Eu programo tudo que vou fazer quando chegar: o que irei fazer, coisas que quero ver, pessoas que estarão ao meu lado.
É tão bom planejar a vida! É tão bom sonhar e desejar estar em lugares que nos trazem alegrias com pessoas que nos deixam ainda mais felizes.
Mas não tem bastado.
Não raras são a vezes em que a angústia contamina a felicidade e essa viagem, seja dentro ou fora de mim, acaba sofrendo contratempos.
E me volto a tentar entender os motivos, pois acredito que apenas encontrando as razões de nossas amarras vamos conseguir resolver o que quer que seja e ter serenidade pra trilhar nosso caminho.
Em uma conversa com um grande amigo motociclista, perguntei o mais atraía ele nas aventuras de moto. Ele, com muito brilho no olhar e com expressão de quem realmente é apaixonado por isso, me responde: o que me fascina é o vento no rosto, é o frio na barriga, é sentir como se a estrada e ele fossem uma coisa única.
E eis acende a luz que eu precisava pra seguir minha viagem em paz!
Curtir a paisagem, sentir o vento no rosto, aproveitar de todas as formas o percurso.
E o destino? Vamos chegar nele!
Mas quero aproveitar todos os momentos. Quero sentir e ver todos os detalhes lindos que a viagem está me oferecendo e que, preocupada com o destino, não estou aproveitando.
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