segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Parkinson

Tema do qual não entendo nada, mas como boa metida que sou, lá vai.

Sobre a Doença de Parkinson:

É um distúrbio neurológico do movimento, uma doença degenerativa e progressiva para a qual ainda não foi descoberta uma cura. 
A doença dificulta as atividades básicas do dia-a-dia, pois afeta diretamente a capacidade de controlar movimentos básicos, os músculos e o senso-motor. Sendo assim, atividades rotineiras como comer, pentear os cabelos, caminhar e outras atividades corriqueiras, tornam-se um verdadeiro suplício para os portadores da doença de Parkinson.
A doença é causada basicamente por uma degeneração de uma parte do cérebro que é responsável por alimentar o restante do cérebro com dopamina. A ausência ou a redução da dopamina química são os fatores que acentuam os sintomas da doença.

Embora quase sempre o Parkinson esteja associado a tremores, são quatro os seus principais sintomas. Sendo eles:
1 - O tremor, que é o popularmente mais comum embora nem todos os portadores da doença apresentem essa característica;
2 - A rigidez, onde os músculos tornam-se tensos e contraídos;
3 - Bradicinésia (lentidão dos movimentos) ou Acinésia (congelamento e ausência dos movimentos);
4 - Instabilidade postural, onde o portador da doença passa a ter uma postura inclinada para frente ou para trás.

A cerca de dois anos meu pai foi diagnosticado como portador de doença de Parkinson e, embora a busca por recursos para frear a doença tenha sido imediata, é impressionante a luta diária travada e a forma avassaladora com que percebemos a evolução desse mal.

O sintoma mais gritante nele é a rigidez. Rigidez e bradicinésia. Os tremores são pouco frequentes e ocorrem na maior parte das vezes quando ele está exposto a alguma situação de extremo nervosismo ou irritabilidade.

A busca pelo ajuste da medicação, a dosagem correta, a medicação correta... tem sido uma luta travada desde que foi descoberta a doença (sem esquecer a isquemia que veio como "brinde" nessa história toda), mas hoje podemos dizer que os sintomas da doença estão um pouco mais estáveis.

Como o Parkinson não afeta as faculdades mentais, meu pai está completamente lúcido e consciente de suas limitações. O que acaba inevitavelmente trazendo uma depressão avassaladora. A pessoa tem plena consciência de suas limitações. E no caso do meu pai, em que o avanço da doença foi muito rápido, mas difícil é fazer ele manter a calma com relação a todas as mudanças.

Muitas adaptações são feitas: adaptar o box do banheiro para facilitar o banho, fisioterapia, psicólogo, neurologista, pilates... tudo na esperança de trazer um pouco mais de qualidade de vida.  Mas para uma pessoa que até 2 anos atrás era extremamente ativa, forte e tomava frente de tudo que se propunha a fazer, se sentir preso dentro do próprio corpo não deve ser uma situação muito simples de lidar. 

Sabe o que mais dói? A cada consulta, a cada novo médico que buscamos, ouvir ele perguntar: "Já descobriram a cura Doutor?"
E os médicos, com muita calma, explicam que não mas que existem tratamentos que vão se adequar e fazer com que os sintomas reduzam. E meu pai cai em lágrimas dentro do próprio consultório.

Não há uma forma hoje de evitar a doença de Parkinson. Não existe uma forma de prevenção efetiva contra essa doença.

Meu único objetivo com a postagem é realmente um desabafo. Acredito na evolução da medicina. Acredito no potencial de nossos cientistas. Assim como acredito que um dia teremos a cura do Câncer, da AIDS e do Alzheimer e também do Parkinson...

Para maiores informações sobre a doença, clique aqui!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu, como você, apesar de ter minhas dúvidas sobre a seriedade e integridade da indústria farmacêutica no mundo, ainda confio na cura de diversas doenças.
Força!!!!

Unknown disse...

Legal Manú! Parabéns, bem explicado.