terça-feira, 22 de janeiro de 2013

E as coisas que se vão...

É estranho aquele  momento em que olhamos para o agora e nos damos conta de que o que era mais valioso em nossa vida, na verdade, não passava de algo efêmero.
Nesse momento sentimos como se tivéssemos vivido uma ilusão durante um certo período. Como se tudo aquilo pelo qual jurávamos ser real, fosse apenas pintura inacabada na parede de um sótão empoeirado.
Nos damos conta de que nossas verdades são mutáveis. Na nossa caminhada surgem pessoas e situações que vão formar aquilo que podemos descrever como nossas raízes.
Essas raízes sempre vão permanecer ali, independente do que aconteça, independente de quanto tempo passe.
Como em um belo truque da vida ao nos cegar, percebemos que muito do que consideramos raízes, não passam de folhas secas, frutos podres ou parasitas oportunistas.
E quando nos damos conta disso, sentimos um grande impacto.
Como pude ser tão cego? Como pude conviver com tamanha incoerência por tanto tempo? Como pude ter certas coisas como referências em minha vida?
Mas livre é a criatura que pensa por si mesmo. Livre é aquele que pode ir em busca de novas verdades a cada dia. Sábio é aquele que sabe distinguir as raízes de baobá e arrancá-las antes que trinquem o nosso solo e prejudiquem as nossas efetivas raízes e não nos derrubem com o passar do tempo.
O grande lance é que a todo o momento podemos aproveitar as oportunidades e sacudir os galhos... deixando cair as folhas secas e frutos podres.
As raízes vão permanecer ali. Te acompanhando. Independente do que aconteça...
 
A vida se encarrega de fazer uma seleção natural das pessoas que ficam ao nosso lado. Isso é algo fantástico.
Me afastei de pessoas que pensei que seriam pra sempre, me reaproximei de algumas que jurei que nunca mais teria contato e conheci outras que certamente vieram pra se tornar raízes...
 
Ahhhhhh
Como é bom se deixar viver sem amarras... Sem tristezas pelas perdas.... Sem lamentos por coisas vazias....
 
Quando uma roupa não te serve mais, passe adiante! Experimente roupas novas!
Se uma roupa é antiga, mas ainda te serve. Use! Não se importe se ela está ou não na moda.
 
Busque ser feliz ao lado de quem te faz bem.
 
E o resto? Ah... você precisa de resto?
 
 

Um comentário:

Deise Colpes disse...

Chamo isso de Darwinismo cotidiano. Há pessoas que vivem como ervas daninha.
Sugando nossa essência, nossa energia vital e em troca recebemos o que? A morte, a morte de um sentimento que julgávamos puro, livre de inveja, de mesquinharias... A coisa pior que a falsa frase: “ Inveja Branca”? Inveja é inveja e ponto final.
Como tudo na vida essas fases podem ser boas ou ruins, depende de como se olha. Afinal, o outono vem derrubando as folhas velhas para dar lugar as mais belas flores depois do inverno não é? Então vamos agradecer a estar ervas-daninhas que fizeram a vez de macaco gordo, quebrando um galhão se retirando (ou sendo retiradas) de nossas vidas para as mais belas e cheirosas flores possam brotar.