quinta-feira, 23 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Só as mães são felizes?

Quem aí já perdeu o filho, mesmo que por alguns minutos, em um local público?
Eu já havia passado por isso quando a AC tinha menos de 2 anos.
Ela estava passando por baixo das araras de roupas de uma loja com meu irmão, quando em uma dessas ele apareceu sozinho.
Imediatamente saímos correndo procurando por ela.
A minha primeira reação foi correr pra porta, assim, nem que eu ficasse ali até as 10 da noite, ninguém sairia com ela. Mas quando eu estava correndo em direção a porta, enxergo aquele "coqueirinho" correndo por entre as roupas.
Peguei, falei bem séria com ela, e fomos embora. Ela queria descer pra olhar as coisas, caminhar pelo shopping, mas não deixei. Ela foi no colo, chorando, até o carro e ficou de cara amarrada um bom tempo comigo.
Sem sentimento de culpa nem ressentimentos. Fiz o que achei certo pra educá-la na hora.
Mas ontem foi beeem diferente...
Fomos almoçar no acampamento farroupilha de Esteio, que fica no parque de exposições Assis Brasil (onde é realizada todos os anos a Expointer).
Terminado o almoço, AC me pediu um negrinho (ou brigadeiro, como preferirem) e saímos pra buscar.
No meio do caminho ela trocou de idéia e resolveu pedir um churros. Comprei o churros, depois ela pediu um catavento.
Parei na barraquinha que estava vendendo cataventos e fiquei olhando umas bijuterias com minha mãe. AC estava ao lado, segurando minha perna.
Em um segundo de distração, quando saí da barraquinha, não encontrei a criança.
Não sei explicar aqui a sensação que tive.
Naquele momento, eu tinha a mais absoluta certeza de que tinham roubado a AC.
Comecei a chorar, gritar por ela e correr feito uma maluca atacando todas as pessoas no caminho perguntando se alguém tinha visto uma menininha com as características dela.
Todas as pessoas que viram meu desespero, pararam imediatamente o que estava fazendo e saíram em busca da AC também.
Comecei a chamar por um policial, pois na minha cabeça alguém tinha pego a AC e eu queria que um policial fosse até o portão de saída pra impedir que alguém tentasse sair com ela (o que é inútil, pois o parque é imenso e tem várias saídas... fora que, se é alguém mal-intencionado, pode pular um muro, se esconder num mato...). Uma senhora me pegou pelos ombros e me guiou até o palco pra pedirmos ajuda no microfone.
Quando estávamos chegando no palco, ouvi um "´tá ali!", e vi uma moça pegando a AC no colo e correndo na minha direção.
Me abracei nela e chorava tanto que não conseguia nem responder as pessoas que falavam comigo.
Minha mãe veio correndo, chorando também.
A única coisa que eu conseguia pensar era em ir pra casa.
Ela voltou ao piquete onde tínhamos almoçado pra buscar mais suco. Na cabecinha dela, ela não fez nada de errado.
Sempre critiquei as mães que perdem crianças tão pequenas e perder a minha, do contrário do que possa parecer, não me fez mudar de opinião. Continuo criticando!!!!
Não adianta vir com o papo de que isso acontece, que as crianças nos cegam, que pode acontecer com qualquer um...
Eu não tinha o direito de me distrair, de ficar olhando porcarias ou invés de prestar atenção nela.
Quando quero comprar algo pra mim, quando preciso sair pra fazer algo específico, procuro nem levá-la. Sempre defendi que programa com criança é pra fazer coisas pra criança. Sempre defendi que criança não tem obrigação de bater perna em shopping olhando vitrines com os adultos. Sempre segui isso a risca e quando saio sozinha com ela, geralmente paramos apenas pra ver vitrines de brinquedos ou roupas pra ela...
E de repente, me vejo mordendo a língua dessa maneira...
Em resumo: estou até agora trêmula, com muita dor de cabeça e com a sensação de ser a pior mãe do mundo...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Confessando...

Confesso que ando com a minha paciência bem curta, me sinto um "Sr. Saraiva";
Confesso que estou me sentindo muito bem com meu corpo, mesmo com as pelancas caindo;
Confesso que estou muito chata pra comprar roupas;
Confesso que estou repensando algumas atitudes e algumas pessoas;
Confesso que a AC me realiza como mãe e não tenho certeza se quero outro filho;
Confesso que meu maior medo é de ter uma criança chorona ou birrenta, pois não tenho paciência messsmo;
Confesso que tenho vontade de sacudir algumas pessoas;
Confesso que pessoas que tem sempre o mesmo assunto, que pessoas limitadas, me chateiam muito;
Confesso que estou perdendo o controle sobre a bagunça da minha casa, não consigo manter nada organizado;
Confesso que não estou conseguindo estabelecer um horário pra estudar pra prova da OAB;
Confesso que estou odiando a cor do meu cabelo;
Confesso que estou fazendo o possível pra me habituar a rotina de academia, mas que é phóda;
Confesso que estou cada dia mais cética e racional em todos os sentidos;
Confesso que preciso sempre segurar a minha língua, pois ser sincera demais nem sempre é bom;
Confesso que tenho medo de me tornar incrédula com relação as pessoas;
Confesso que minha imaginação é fértil demais e caio na risada com muita facilidade;
Confesso que estou com a pele toda manchada e não tenho paciência pra usar filtro soltar;
Confesso que não vou mais dar bola pras opiniões alheias e seguir sempre fazendo o que quero;
Confesso que já tem uns 3 meses que não leio um livro;
Confesso que não estou mais acompanhando blogs que adoro e vou voltar a fazer isso o quanto antes;
Confesso que estou bem mais off do orkut e facebook e que isso tem me feito muito bem;
Confesso que detesto confessar...